"Eu acredito em minhas possibilidades e potencialidades. Eu faço a minha existência aqui e agora." [Ana Carolina]

terça-feira, 15 de março de 2011

Vida, sociedade, jovens... anormais?

Ahh, estou devendo uma atualização né!?
Ando em uma correria com tantos trabalhos e semana de prova se aproximando! :S
Mas hoje gostaria de falar sobre um trabalho específico de Estágio que ando realizando. Trata-se de uma observação de situações cotidianas durante algumas horas... Tenho observado adolescentes e cada vez mais venho me questionando de determinados PRÉ-CONCEITOS que vão sendo criados sobre determinados indivíduos.
É incrível ver as pessoas sendo taxadas de 'anormais'! Mas perae, como assim anormais? O que é ser normal para a sociedade em que vivemos?
É não viver a vida intensamente, não conversar, não ter amigos, filhos/família... é apenas trabalhar, enriquecer, morar em bairro nobre e ter uma casa com cerca elétrica?
A vida passando lá fora, pessoas morando nas ruas, sem alimento... enquanto o País está preocupado em sediar a copa do mundo....
Será que não é isso que tem transformado os jovens em pessoas mais agressivas, violentas?
Usar drogas parece ter sido o mecanismo de defesa dos adolescentes para esquecer das dificuldades que vêm passando... (Cito as drogas porque hoje observei adolescentes que fumavam cigarro e maconha! E é triste ver que os nossos jovens estão com drogas nas mãos ao invés de livros).
Eu sei que apesar de explicar, essa minha colocação não justifica o comportamento dos mesmos. E sei também que a subjetividade humana é algo que faz o indivíduo ser diferente do outro, portanto não posso generalizar. Contudo, sabe-se que os conflitos existem na adolescência e a resolução desses conflitos têm papel fundamental na construção da personalidade adulta. Há a necessidade dos jovens concentrarem-se em grupos da mesma idade, porque parece que ninguém mais os compreendem, além deles mesmos [não é?]
E é por isso que ressalto a importância na resolução dos conflitos, pois se o jovem se encontra em circunstâncias desfavoráveis à tal resolução, ele buscará outros meios de viver bem (e vai achar que resolveu seus problemas, quando na verdade só está amenizando-os e trazendo outros) como: usar drogas, ir à festas que acontecem de tudo (sabe aquelas que a polícia descobre e prende todos?), cometer atos ilegais que vão gerar brigas com a família... e nesse círculo, ele fica sem direção e cada vez mais prefere ouvir seus 'amigos' à seus pais. A revolta parece ser o único meio de chamar atenção mesmo que não seja para elogios...
Mas parece que ninguém os entende e começam a chamá-los de anormais: "Você precisa de um psicólogo porque está doido!"
E quem disse que psicólogo só cuida de doido? Aliás, você sabe o que é ser doido? Essa palavra tem definição? E se sim, é doido porquê? Quem definiu o que é ser doido?

Acredito que as pessoas andam precisando rever muitos conceitos sobre tudo. A vida é bem mais do que aquilo que acreditamos ser; e merecemos vivê-la em liberdade, mas com responsabilidade.
E acredite: eu, você, eles... todos precisamos de terapia! Faz bem ter alguém à quem contar aquilo que está incomodando, está causando sofrimento, mas não sabemos identificá-lo... é bom ter alguém que auxilie na resolução desses problemas e aprender a ver a vida/ problemas de uma forma diferente da que estamos acostumados a ver! :)

Eu indico a terapia.. faz bem ao corpo e à mente.

Beijinhos, Ana Carolina Lima.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Humanismo & Psicologia

Ao longo do curso de Psicologia, tenho mudado muitos conceitos que nem sempre são verdades absolutas! :)
A Psicologia Humanista cada vez mais vem conquistando o seu espaço ...
Não é apenas uma filosofia para a atuação de psicólogo, é também uma filosofia de vida! Visto que é necessário que eu cuide de mim mesma para que eu possa cuidar muito bem do outro.
Afinal, como pode um psicólogo cheio de problemas e incertezas cuidar de um outro alguém que também está assim?
FONTE: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/humanismo/humanismo1.php
Não é que o psicólogo seja um alguém sobrenatural, que não tenha problemas... mas é necessário que tenhamos a parcialidade de ouvir o outro sem julgá-lo. É necessário ouvi-lo, deixando de lado os seus "a priori", isto é, o psicólogo deve "esvaziar-se de si mesmo".. deixar de lado aqueles seus PRÉ-conceitos sobre determinado fenômeno.
Como diz Amatuzzi, 2008: "o homem não é um 'bicho  que fala', mas ele é a própria palavra [...] Não é a linguagem que se encontra no homem, mas o homem que se encontra na palavra."
Vejo o ser humano em sua totalidade. Como uma "tábula rasa", um livro que lhe é dado desde o seu nascimento que faz parte de sua essência (natureza humana- o que o diferencia dos outros seres vivos) e que o próprio passa a escrever sua vida no livro a partir de sua existência (vivências e experiências- que o diferencia dos outros indivíduos). Ou seja, o homem não deve se adaptar ao meio, mas deve mudar. O homem é possuidor de possibilidades, de liberdade com responsabilidade!
Ele deve escolher aquilo que quer fazer, ser, estar... não lhe é determinado, não é destino. O homem faz suas escolhas! "E se o destino é imperativo, devemos combatê-lo até o fim, sem nos entregarmos!"
A definição de pessoa está relacionada a máscaras... Você possui quantas máscaras? Quantas vezes você se esconde por detrás delas? O que você tem a esconder e a mostrar?
Repense, reveja, saia das máscaras e defina-se enquanto um sujeito...
Pois o que seria a essência de um ser humano se não fôsse a sua existência?

"Aqui e agora, você é um fenômeno!"


E para concluir [pq se deixar, eu escrevo um livro! Pensando bem, até que não seria uma má idéias né!? haha], citarei um trecho de "Água Viva" de Clarice Lispector:

"Sim, quero a palavra última que também é tão primeira que já se confunde com a parte intangível do real. Ainda tenho medo de me afastar da lógica, porque caio no instintivo e no direto, e no futuro: a invenção do hoje é o meu único meio de instaurar o futuro."

Beijinhos, Ana Carolina. :)