Gestalt-Terapia é uma
abordagem psicoterapêutica fundada na década de 1940 por Fritz Perls e Laura
Perls, que tem como base teórica, fundamentação na Fenomenologia, no
Existencialismo e na Teoria do Campo, orientando e conduzindo um modo
característico e diferenciado de atuação.
Yontef (1998) aponta
que “ela ensina a terapeutas e pacientes o método fenomenológico de awareness, no qual perceber, sentir e
atuar são diferenciados de interpretar e modificar atitudes preexistentes” (p.15).
Assim, não se busca explicações e interpretações, pois estes não são mais
importantes do que aquilo que é percebido e sentido. Desse modo, devemos
esquecer o porquê das coisas, e enfatizar o “como”, o “para que” e “o que”,
pois estes termos dão possibilidade de ressignificação.
O encontro terapêutico
ocorre no diálogo. O vínculo estabelecido entre terapeuta e cliente é de suma
importância, pois a partir dele, o acolhimento dá suporte ao diálogo: o sujeito
fala sobre a dor que está sentindo e nós ouvimos sobre esta dor sentida. O
relacionamento estabelecido entre ambos permite que o cliente revele seus
conflitos, tristezas, expectativas, isto é, seu mundo interno e restaure
conexões que foram se perdendo ao longo da vida, com o objetivo de tornar os clientes
conscientes do que e como estão fazendo, bem como de transformarem-se,
aprendendo a se aceitarem e valorizarem exatamente como são: dotados de
possibilidades e potencialidades para ser e existir no mundo.