O debate acerca da
inserção dos psicólogos em espaços de atuação diferenciados dos tradicionais –
entre estes, a clínica psicológica, por exemplo-, não é novo. Tal debate, que
traz como um dos seus pontos principais a crítica ao elitismo da Psicologia,
coincide com o desenvolvimento da Psicologia Comunitária no Brasil. Esta se
constitui a partir do movimento de uma série de psicólogos que criticavam o
Positivismo da Psicologia Social, buscando construir propostas de transformação
social a partir de maior aproximação do psicólogo com os fenômenos do cotidiano
da maioria da população.
Paralelamente ao
desenvolvimento da Psicologia Comunitária, observam-se contínuas mudanças nos
cenários das Políticas Públicas brasileiras e, no espaço dessas novas
configurações, um crescimento das possibilidades de atuação do psicólogo no
“campo público do bem-estar social, a partir de uma concepção diferente das
demais atuações da Psicologia: o sujeito como produtor de sua realidade social”
(Ximenes; Paula; Barros,
2009).
O
psicólogo tem um arsenal de contextos para atuar, e um deles é o contexto comunitário,
em que é desenvolvido atividades por diferentes prismas. Interessa-nos,
enquanto pesquisadores, compreender como se dá esta atuação, bem como os
limites e possibilidades de enfrentamento.