"Eu acredito em minhas possibilidades e potencialidades. Eu faço a minha existência aqui e agora." [Ana Carolina]

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

"Durma medo meu!"

Medo. Já parou para pensar em como somos afetados por esse sentimento?
Talvez, um dos maiores desafios da existência, seja sentir medo... medo daquilo que é desconhecido ou daquilo que temos (ou achamos que temos) e que poderemos perder.
Entretanto, não seria o medo um mecanismo utilizado por nós para nos escondermos dos outros e de nós mesmos? O medo talvez seja resumido em “medo de perder” algo que não somos ou temos... Mas será que esse sentimento não estaria encobrindo o fato de sabermos que possivelmente sejamos DISPENSÁVEIS para o outro, para o mundo e/ou para a nossa própria existência?
O medo de perder nos cega e não nos deixa enxergar aquilo que talvez sejamos e não queremos ser... Será que estamos vivendo em um nada e pertencendo a coisa alguma?
Heidegger já dizia: "Mas, lá onde há perigo, lá também cresce aquilo que salva."
O medo tem nos acompanhado ao longo da vida e tomado diversas dimensões, características... é como algo inerente à existência do ser humano. Será o medo o impulso que nos leva a querer pertencer ou ser alguém para alguém? Pois talvez a ameaça de uma mudança nos fala querer estar parados e ter medo de tudo aquilo que nos seja desconhecido.
O medo nos inquieta e nos perturba, mas é uma condição estruturante para nossas vidas.
Viver é uma “liberdade” desamparadora, pois nos causa o medo, a insegurança, a sensação do vazio, do desabrigo... Assim, buscamos preencher o vazio, buscamos abrigos que possam dar sentido à nossa existência... Mas será que buscar a SUA existência no OUTRO, realmente esconderá o SEU medo de perder o outro? Parece que o vazio PRECISA ser preenchido por algo que não nos traga culpa ou medo.
E o medo passa a ser sinônimo de substituição, insegurança. Substituir pelo OUTRO, que talvez esteja fora de SUA própria existência... Sentir-se sozinho e desamparado frente aos riscos que a vida lhe apresenta... 
Por que temos medo de correr riscos?       
Será que é a insegurança daquilo que não conhecemos?
O que nos faz não querermos nos arriscar? Seria a hipótese de desmoronar tudo aquilo que SOMOS ou SEREMOS algum dia? Como VOCÊ se vê amanhã? Sendo o mesmo de ontem e de hoje? E se o amanhã não existir, o que você seria?
Afinal, quem é você?

“A solidão sempre te acompanhará, porque o ser humano é estruturalmente solidão. Há um mundo a nossa frente, ao nosso redor, você está em permanente relação com ele, mas o SEU mundo é você quem faz. E diante de tantas influências... tantos caminhos... a escolha final é sempre sua!
O mundo não irá socorrê-lo existencialmente, o mundo não irá determiná-lo em nenhuma instância e em nenhum aspecto. Porque o mundo dilui-se no âmago do ser, sendo a todo instante reconstruído por nossas escolhas, ações e reações.”
                                                          - Walmir Monteiro

E por fim, deixo-lhes a sugestão da música "Durma medo meu" - Teatro Mágico, ao qual me inspirei para a realização deste post. 

Beijos, Ana Carolina.

Um comentário:

  1. Fruto de nossas conversas virtuais né?! rsrs... Sobre o medo aprendi que: Medos, quando falados, se tornam realidade!

    Mas, chega uma hora que cansamos de dar voz aos nossos medos... não é mesmo?!

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