"Eu acredito em minhas possibilidades e potencialidades. Eu faço a minha existência aqui e agora." [Ana Carolina]

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Existir no mundo ...

O existencialismo vê a existência humana como sendo diferente da existência de todos os outros entes. Heidegger questiona a existência de tal forma, que para ele, só o homem existe, pois os outros entes são. Ou seja, o homem também é um ente, mas o que o diferencia dos demais entes, é o fato do ser humano questionar-se e questionar o mundo, tornando-se então, um ser existente no mundo diferentemente dos outros entes que apenas são algo no mundo. O SER HUMANO EXISTE NO MUNDO! É este ente que chamamos de Dasein, “ser-aí”, que é o ser-no-mundo. Ao falarmos deste ente, a existência torna-se uma abertura para um mundo que é dotado de possibilidades e significados.
Assim, dizemos que o homem é "lançado" no mundo, pois é jogado a uma existência da qual não escolheu pertencer. É uma existência inóspita, que não representa aquilo que se pensa sobre ela. Isso leva o homem a refletir e questionar-se sobre o sentido de existir no mundo. Essa reflexão causa uma angústia, pois percebe que o mundo não apresenta sentido e que o mundo se revela tal como ele é: inóspito. Assim, devemos procurar o sentido para existir.
Na busca do sentido, percebemos que possuímos a liberdade de existir e que essa liberdade de escolha traz consigo uma responsabilidade que também nos causa angústia, pois estamos sempre com sentimentos paradoxos: ora querendo sair da zona de conforto, mas temendo as consequências e assim acabamos por não vivermos a vida e não encontrarmos o seu verdadeiro sentido. Afinal, ninguém escolhe nascer neste mundo e neste tempo.
Diante da inospitalidade do mundo, da angústia, do pensamento e do sentido de existir, sentimo-nos inseguros ao percebermos que não pertencemos a coisa alguma de forma fixa, pois a vida humana não tem relação de pertença a coisa alguma. E assim, é um viver sem entrega ou confiança, pois, mesmo que indiretamente, somos dispensáveis para o outro. Afinal, o outro não deixará de existir sem a minha existência. E refletir e saber disso, nos causa a angústia e a insegurança de existir.
Assim, ao refletirmos sobre a nossa existência, percebemos que a única certeza que temos é a morte. A morte é uma possibilidade tão próxima quanto imaginamos estar. Perceber essa possibilidade é angustiante, pois no fim de todo o nosso ciclo e toda a nossa existência, concluímos que somos seres para a morte.
Apesar de tudo, somos livres para escolher o que fazer com nossas vidas, pois o homem é o único ser que pode interrogar acerca de si mesmo, sair de si para projetar a si mesmo. Só o homem pode fazer um projeto de si mesmo e realizar-se. O HOMEM NÃO É, MAS ESTÁ SENDO NA RELAÇÃO COM O OUTRO.

Ana Carolina Lima  :)

Um comentário:

  1. Oi Primeira visita a seu blog, achei ele no skoob e adorei seu cantinho, estou seguindo...
    Te convido a visitar e seguir o meu blog também.
    Aguardo sua visita!
    Bjs!
    Mila

    @camilapalm31
    http://dailyofbooks.blogspot.com/

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